Friday, June 18, 2010

Adversário não é inimigo


Adversário é uma coisa, inimigo é outra.
Quando se confundem essas duas coisas, nascem brigas e guerras.

Tempo de Copa ou não, mas tempo de emoções. Com lances de todos os tipos: dribles, chutes a gol, lindas defesas, sem contar com os choques que costumam acontecer entre jogadores. Neste caso, na maioria das vezes, o juiz cobra falta e o jogo retoma normalmente. Mas às vezes os jogadores dos dois times entram em confronto, até de maneira pesada. Se não fosse a polícia, a partida de futebol acabaria virando luta de boxe.
Mas há também desfechos felizes. O jogador que provocou sem querer o choque pede desculpas, ajuda o jogador adversário, os dois dão-se as mãos e a partida continua num clima de competição civilizada.
Com essa maneira de se comportar, eles transmitem aos torcedores que lotam as arquibancadas uma bonita lição. É como se dissessem: não existem inimigos em campo, mas só adversários. A diferença é grande. Inimigo é alguém que odeia o outro e quer eliminá-lo. Adversário é alguém que defende seu time, mas respeita o outro. Quando os torcedores de um time vêem os torcedores do outro como inimigos, acontecem as tais cenas de violência que infelizmente todos conhecemos.  
E agora vamos imaginar o mundo como um grande estádio. Cada país é como um time, preocupado em defender os interesses de seus cidadãos. Está certo, mas isso não significa que um país deva ser inimigo do outro e pisar em cima de quem é mais fraco. Deve haver respeito e entender as razões do outro. Se assim fosse, não existiriam as guerras e teríamos um mundo com muita paz e muito amor. Isso, sim, seria bonito!
Que tal começar com cada um de nós?     Em nossa família, na comunidade, na escola e na rua. – E por que não no momento que temos nossa prática esportiva, nosso divertimento? Quando alguém não pensa como nós e nos atrapalha, ao invés de ficar-mos emburrados ou partir para a briga, podemos tentar entender o ponto de vista dele. É dialogando que se encontra o caminho para superar as dificuldades e, juntos, melhorarmos as coisas.
Na verdade, tudo é uma expectativa! Às vezes pisamos na bola, o que não deve acontecer. Devemos sempre corrigir os erros. É claro que alguns precisam um “empurrãozinho”. Não fique parado, nem “chute o balde”, você pode contribuir!
Texto tirado da Revista ALÔ MUNDO, da Sem Fronteiras – junho de 2002, com acréscimos feitos por José Pellizzon


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